Nos cerrados vejo campos Na pitomba o guabiju Levo os trem nos pessuelos Falam ocê, eu digo tu Ao som da viola caipira Guitarreio acordes de milonga E a garganta de fronteira canta livre Sin que me pecho sy oponga Quando o Araguaia desmaia Nas sombras do entardecer É o velho rio Uruguai que a Pelas barrancas do meu viver Nessa mistura de vozes Escuto meu coração Se me perco entre as cordas Me encontro na solidão A razão me argumenta Que é igual verde e amarelo Mas se a saudade me pede Como dizer que não quero? Como evitar que ligeiro Tal o martim-pescador Mergulhe dentro de mim E traga origens à flor Como cortar-me as asas Se as tenho livres No meu pensamento? Que voa rumo à querência Na ânsia eterna De sóis e ventos